Desenvolvimento de um Modelo Dinâmico e Adaptativo como Ferramenta para a Orientação Estratégica em Organizações do Setor Aeroespacial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2020.v12i2.472

Palavras-chave:

Estratégia Tecnológica, Capacidades Dinâmicas, Incerteza, Modelo Dinâmico Adaptativo, Ambidestria.

Resumo

Objetivo: O artigo propõe um modelo estratégico, dinâmico e adaptativo com o objetivo de melhorar a captura e o aproveitamento de oportunidades na seleção do portfólio de tecnologias em ambientes complexos e incertos.

Método: A metodologia definida nesta pesquisa é o estudo de casos múltiplos na abordagem Design Science. Através do desenvolvimento e da aplicação do modelo proposto, busca-se gerar conhecimento científico sobre a seleção de tecnologias em organizações do setor aeroespacial. O estudo também considera uma forte combinação das lógicas indutiva e abdutiva, para lidar com a incerteza inerente ao ambiente de P&D.

Originalidade/Relevância: Do ponto de vista teórico, pode-se destacar, como principais lacunas da estratégia tecnológica no setor aeroespacial, as tomadas de decisão sob incerteza, a falta de integração entre as áreas nas tomadas de decisão e as limitações no horizonte de tempo do desenvolvimento estratégico.

Resultados: Os principais resultados esperados, com a aplicação do modelo são: (1) melhorar a captura e o aproveitamento de oportunidades, (2) melhorar a vantagem competitiva da organização e (3) contribuir com uma estratégia tecnológica mais flexível em longo prazo.  Os casos explorados permitiram o detalhamento dos impactos das tomadas de decisão sobre o desenvolvimento estratégico e do domínio das tecnologias na definição das rotas tecnológicas.

Contribuições teóricas: A pesquisa contribui, do ponto de vista teórico, com o modelo de capacidades dinâmicas, ao incluir o seizing ao generative sensing.

Contribuições para gestão: Do ponto de vista prático, o desenvolvimento do modelo contribui com a gestão estratégica das organizações aeroespaciais, no sentido de tornarem-nas mais robustas, ágeis e flexíveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dinah Eluze Sales Leite, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Doutora em ENGENHARIA E TECNOLOGIA ESPACIAIS pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, (Brasil). Departamento de pesquisa e desenvolvimento tecnológico

Milton de Freitas Chagas Junior, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Doutor em Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo
Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, Brasil. Tecnologista e professor da pós-graduação do INPE na área de Enegenharia e Tecnologia Espaciais - ETE.

Referências

Albrechts, L. (2004). Strategic (spatial) planning reexamined. Environment and Planning B, 31(5), 743-758.

Augier, M., & Teece, D. J. (2008). Strategy as Evolution with Design: The Foundations of Dynamic Capabilities and the Role of Managers in the Economic System. Organization Studies, 29(8–9), 1187–1208.

Azizian, N., Sarkani, S., & Mazzuchi, T. (2009). A comprehensive review and analysis of maturity assessment approaches for improved decision support to achieve efficient defense acquisition. In Proceedings of the World Congress on Engineering and Computer Science, 2, San Francisco, CA.

Barney, J. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, 17(1), 99-120.

Ben–Haim, R., Ben–Haim, G., & Shiftan, Y. (2018). Penetration and impact of advanced car technologies. MOJ Civil Eng., 4 (4), 175‒184.

Brown, S. L., & Eisenhardt, K. (1997). The Art of Continuous Change: Linking Complexity Theory and Time-Paced Evolution in Relentlessly Shifting Organizations. Administrative Science Quarterly, 42(1), 1-34.

Bülthoff, H. (2017). Flying Air Taxis: the next big game changer? Talk presented at Universität Ulm: Colloquium Cognitive Systems. Ulm, Germany.

Chagas Junior, M. F., Leite, D. E. S., & Jesus, G. T. (2017). ‘Coupled processes’ as dynamic capabilities in systems integration. Revista de Administração de Empresas, 57(3), 245-257.

Courtney, H., Kirkland, J., & Viguerie, P. (1997). Strategy Under Uncertainty. Harvad Business Review, 67-79.

De Sordi, J. O., Azevedo, M. C., Meireles, M. A., & Campanario, M. A. (2013). A Abordagem Design Science no Brasil segundo as publicações em administração da informação. In: Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD), 2013, Rio de Janeiro. XXXVII Encontro da ANPAD, 1, 1-16.

Dong, A., Garbuio, M., & Lovallo, D. (2016). Generative sensing: a design perspectivemicro-foundationsndations of sensing capabilities. California Management Review, 58(4), 97-117.

Drucker, P. (2011). The age of discontinuity: guidelines to our changing society. Transaction Publishing, New Jersey.

Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of Management Review, 14(4), 532-550.

Eisenhardt, K. M., & Martin, J. A. (2000) Dynamic capabilities: what are they? Strategic Management Journal, 21, 1105–1121.

Eisenhardt, K. M., & Sull, D. (2001). Strategy as simple rules. Harvard Business Review, 79(1), 106-119.

Eisenhardt, K. M., Graebner, M. E. (2007). Theory building from cases: opportunities and challenges. Academy of Management Journal, 50(1), 25-32.

Grant, R. M. (1991). The Resource-Based Theory of Competitive Advantage: Implications for Strategy Formulation. Californian Management Review, 33(3), 114–135

Godet, M. (1983). Méthode des Scénarios. Revista Futuribles.

Haasnoot M., Kwakkel J. H., Walker, W., & ter Maat, J. (2013). Dynamic adaptive policy pathways: a new method for crafting Robust decisions for a deeply uncertain world. Global Environmental Change, 23(2), 485-498.

Hallegatte, S., Shah, A., Lempert, R., Brown, C., & Gill, S. (2012). Investment decision making under deep uncertainty application to climate change. The World Bank.

Helfat, C. E., & Peteraf, M. A. (2009). Understanding dynamic capabilities: progress along a developmental path. Strategic Organization, 7(1), 91-102.

Hevner, A. R., March, S. T., Park, J., & Ram, S. (2004). Design science in information systems research. MIS Quarterly, 28(1), 75-105.

Kwakkel, J. H., Pruyt, E. (2013). Exploratory Modeling and Analysis, an approach for model-based foresight under deep uncertainty. Technological Forecasting and Social Change, 80(3), 419-431.

Levinthal, D. (1992) Surviving Schumpeterian environments: an evolutionary perspective. Industrial Corporate Change, 1(3), 427-443.

Mankins, J. C. (2009a). Technology readiness and risk assessments: a new approach. Acta Astronautica, 65, 1208-1215.

Mankins, J. C. (2009b). Technology readiness assessment: a retrospective. Acta Astronautica, 65, 1216-1223.

Mankins, J. C. (2002). Approaches to strategic research and technology (R&T) analysis and road mapping. Acta Astronautica, 51(1–9), 3–21.

McInerney, D., Lempert, R., & Keller, K. (2012). What are robust strategies in the face of uncertain climate threshold responses. Climate Change, 112, 547–568.

Niedermeier, D., & Lambregts, A. A. (2012). Fly-by-Wire augmented manual control - basic design considerations, ICAS 2012, 28th International Congress of the Aeronautical Sciences (ICAS), Brisbane, Australia.

Peirce, C. S. (1998). The Essential Peirce. Selected Philosophical Writings, 2, 1893–1913. The Peirce Edition Project, (Eds.) Bloomington: Indiana University Press.

Peirce, C. S. (1974) Collected papers de Charles Sanders Peirce. In: Hartshorne, C., Weiss, P., Burks, A. (Eds.) Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 1-8.

Peirce, C. S. (1958) The fixation of belief. In: Hartshorne, C., Weiss, P., Burks, A. (Eds.), Collected Papers of Charles Sanders Peirce, Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 5, 223-247, 1931-1935 (First published 1877).

Penrose, E. T. (1959). The theory of the growth of the firm. New York: John Wiley.

Pisano, G. P. (2016). Toward a prescriptive theory of dynamic capabilities: connecting strategic choice, learning, and competition. Industrial and Corporate Change, 26(5), 747-762.

Prahalad, C. K., & Hamel, G. (1990). The core competence of the Corporation. Harvard Business Review, 79–91.

Ramírez, R., & Selin, C. (2014). Plausibility and probability in scenario planning. Foresight, 16(1), 54–74.

Rohrbeck, R. (2010). Corporate foresight: towards a maturity model for the future orientation of a firm. Physica-Verlag, Springer, Heidelberg and New York.

Rohrbeck, R. & Schwarz, J. O. (2013). The value contribution of strategic foresight: Insights from an empirical study of large European companies. Technological Forecasting and Social Change, Elsevier, 80(8), 1593-1606.

Rohrbeck, R. (2014). Trend Scanning, Scouting and Foresight Techniques. In Management of the Fuzzy Front End of Innovation; Gassmann, O., Schweitzer, F., Eds.; Springer: Cham, Switzerland, 59-73.

RTCA Inc. (1992). DO-178B software considerations in airborne systems and equipment certification, Washington, D.C., EUA.

SAE International. (1996). ARP-4754 certification considerations for highly integrated or complex aircraft systems, Warrendale, PA, EUA.

Schoemaker, P. J. H. (1995). Scenario planning: a tool for strategic thinking. Sloan Management Review, 36(25).

Schwartz, P. (1991). The Art of the Long View: Planning for the Future in an Uncertain World. Doubleday Currency, New York.

Schwarz, J. O. (2008). Assessing the future of future studies in management. Futures, 40(3), 237-246.

Schwarz, J. O., Rohrbeck, R., Wach, B. (2019). Corporate foresight as a microfoundation of dynamic capabilities. Future Foresight Sci., 2 (2), e28, 1-11.

Simon, H. A. (1996). The sciences of the artificial. 3rd. ed. Cambridge, MA: Massachusetts Institute of Technology Press.

Spitzer, C. R. (2011). The Avionics Handbook. CRC Press.

Teece, D. J., & Pisano, G. (1994). The dynamic capabilities of firms: an Introduction. Industrial and Corporate Change, 3(3), 537-556.

Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509-533.

Teece, D. J. (2007). Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, 28(13), 1319-1350.

Teece, D. J., Peteraf, M., & Leih, S. (2016). Dynamic capabilities and organizational agility: risk, uncertainty, and strategy in the innovation economy. California Management Review, 58(4), 13-35.

Teece, D. J. (2018). Business models and dynamic capabilities, Long Range Planning, 51, 40-49.

Van der Heijden, K., Bradfield, R., Burt, G., Cairns, G. & Wright, G. (2002). Sixth Sense: Accelerating Organisational Learning with Scenarios. John Wiley & Sons.

Van der Heijden, K. (2005). Scenarios: The Art of Strategic Conversation. John Wiley & Sons.

Wack, P. (1985). Scenarios: shooting the rapids. Harvard Business Review, 140-150.

Wernerfelt, B. (1984). A Resource-based View of the Firm. Strategic Management Journal, 5(2), 171-180.

Winter, S. G. (2004). Specialised perception, selection, and strategic surprise: learning from the Moths and Bees. Long Range Planning, 37(2), 163-169.

Downloads

Publicado

2020-05-01

Como Citar

Sales Leite, D. E., & Chagas Junior, M. de F. (2020). Desenvolvimento de um Modelo Dinâmico e Adaptativo como Ferramenta para a Orientação Estratégica em Organizações do Setor Aeroespacial. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies [FSRJ], 12(2), 242–263. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2020.v12i2.472

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.